terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

#83 - Piorou quando chegou perto

Uma coisa que se aprende quando se mantém um blog é o cuidado com o que se escreve. Nesse tempo que fiquei ausente, meio sem inspiração para escrever, reli muitos textos que escrevi nesses quase dois anos de blog.    De muitos gostei e de outros nem tanto. Entrei essa semana decidido de que iria voltar a escrever aqui. Comecei, então, a procurar o assunto que abordaria.

Pois bem, impulsionado pela convocação da seleção brasileira hoje, decidi que falaria de Ronaldinho Gaúcho. No mesmo momento me recordei que já havia escrito sobre ele aqui - aproveitei então para reler o texto. Este, denominado "Ele chegou", resumidamente fala sobre as qualidades do jogador e de todo imbróglio que foi a negociação.

Relendo o texto agora, um ano depois, e lendo quase todo dia sobre as "mancadas" do meia, percebi que estava redondamente enganado. Talvez enganado não seja a palavra. Faltou conhecimento. E não conhecimento sobre o assunto em si, mas sim sobre o que o jogador é capaz. 

Antes do Flamengo, Ronaldinho atuava pelo Milan. Quando citava no texto há um ano que sua chegada era "sensacional", que "não esperássemos um craque, mas sim um jogador de toque refinado e dribles desconcertantes", não tinha o conhecimento, que hoje todos temos, do quão relaxado e descomprometido está Ronaldinho Gaúcho. Agora parece óbvio: o que aparecia de Ronaldinho para a grande massa eram as eventuais (cada vez mais raras, diga-se) boas atuações pelo Milan. Não se via muito aqui no Brasil se falar das peripécias do dentuço.

Estando mais perto, Ronaldinho se mostrou muito pior do que esperava. Constantes atrasos, inúmeras baladas durante a semana - até dormir no vestiário antes do treino ele dormiu!. E após fazer tudo isso, recebendo críticas públicas do técnico, o que era de se esperar? Punição, muitos diriam. O que aconteceu? Luxemburgo demitido e convocação para a seleção brasileira!

Conclusão inevitável: Ronaldinho não é nem sombra do jogador que já foi, mas viverá de fama até o final da carreira.