segunda-feira, 31 de outubro de 2011

#76 - Atrás do Alambrado com Roberto Júnior



"Conca foi o maior ídolo da história recente do Flu. Afirmo sem medo de errar"

Natural de Miguel Pereira, cidade a aproximadamente 80km da capital Rio de Janeiro, Roberto Fernandes de Souza Júnior, 31 anos, vive atualmente em Guaratinguetá-SP,  local de onde escreve seus textos para o "Blog do RJ", hospedado no site do jornal Lance!. Segundo ele, o ingresso no mundo dos blogs se deu após notar que seus comentários em blogs de jornalistas renomados eram bem aceitos pelos demais, gerando até mais comentários. Aparentemente ele estava certo. Recentemente seu blog "classificou-se" para a segunda fase do Prêmio Top Blog, que premia os blogs brasileiros mais populares. Filho de flamenguista, RJ, porém, é tricolor de coração. O período de estudos que passou na casa da avó, ouvindo dos tios constantes histórias sobre o time do Fluminense campeão de 1984, foi, segundo ele, o principal motivo que pesou na decisão. Via email, RJ concedeu a seguinte entrevista:






ENTREVISTA: Roberto Júnior




Dez Minutos Dois Gols - P: O que espera para essa reta final de campeonato?Acredita em titulo ainda? A Libertadores é obrigação?
Roberto Júnior - R:  Camarada, sejamos sinceros. Um time que tem Márcio Rosário na zaga ser campeão? (risos) É coisa de maluco. Mas aí é que está. O torcedor tricolor acabou ficando mal acostumado com o impossível. Fugimos de um rebaixamento, segundo Tristão Garcia, certo. Conseguimos uma classificação na Libertadores quando ninguém esperava. E ganhamos um jogo do Santos com gol de Márcio Rosário no último minuto (risos) E eu não vou acreditar no título? (risos).Falando com mais racionalidade, é, sim, muito difícil. Agora são sete pontos de diferença e só um outro milagre deixa a taça nas Laranjeiras. E não, a Libertadores não é obrigação. Aliás, acho uma tremenda palhaçada esse lance de impor "obrigações" de títulos. A obrigação do jogador, para honrar seu salário, é se esforçar. Conquistas são consequências.


DMDG - P: Qual sua avaliação do trabalho de Abel Braga?
RJ - R:  Bom, preciso ser honesto. Eu fui contrário à contratação do Abel. Não pelo próprio Abel, mas pelo tempo que o Fluminense ficaria sem técnico, jogando uma boa parte do ano fora. O que, de fato, aconteceu, sobretudo em relação à Libertadores. Mas também preciso ser justo. Não há como dizer que é horrível o trabalho de um treinador que conduziu uma equipe que possui uma defesa fraca à zona da Libertadores. E foi esse, pra mim, o grande erro do Abel. Insistir com jogadores comprovadamente fracos, além do péssimo hábito de encher o time de volantes.


DMDG - P: Em um de seus textos recentes, você questionava se, após a goleada para o maior rival, o Manchester United deveria demitir seu técnico. Se eventualmente o Fluminense ficar fora da Libertadores, com derrotas para os rivais nas ultimas rodadas, é a favor da permanência de Abel para 2012?
RJ - R: Sim, sou favorável. Desde que ele peça reforços para a defesa. Até porque o mercado de técnicos no Brasil está um caos. Quem demite treinador hoje em dia se vê no dilema de quem contratar. Veja o São Paulo, por exemplo, que foi obrigado a resgatar o Leão por falta de opções. Tudo bem, vamos demitir Abel. E vamos colocar quem no lugar?


DMDG - P: À época, como encarou a venda de Dario Conca?
RJ: R: Com pesar, mas sem revolta. A proposta era muito boa. E como é que eu vou criticar um cara por conta de uma proposta "nível Messi"? Deixa quieto, ele vai lá, ganha o dinheiro dele, e depois volta para as Laranjeiras.


DMDG - P: Ele pode ser considerado um ídolo da torcida?
RJ: R: Ah, sim, com certeza. Ainda mais para a geração pós-1984, que viveu e sobreviveu a épocas tristes, de rebaixamentos e humilhações. Junto com Thiago Silva, Conca foi o maior ídolo da História recente do Flu. Afirmo isso sem medo de errar.


DMDG - P: Como você avalia o custo-beneficio da contratação de Deco?
RJ: R: Não sei o que dizer sobre o Deco. Se eu for responder sua pergunta levando em conta apenas a questão matemática, aí foi quase nenhum. Custo altíssimo, frutos poquíssimos. Agora, quando joga, é um cara diferente, né? Que tem um toque especial e que decidiu alguns jogos importantes a nosso favor. Bora fazer o seguinte: te respondo melhor em dezembro, ok? (risos)


DMDG - P: Como você viu a saída de Muricy Ramalho?
RJ - R:  Acho que poderíamos aprender com ele. Porque a estrutura do Flu realmente é terrível. Não condiz com a grandeza do clube. O cara poderia ter segurado a onda pelo menos até o final da Libertadores. É, acho que nisso ele errou. Poxa, a torcida estava sedenta pela redenção de 2008. Acho que aí se criou a mágoa. A torcida queria muito esse título e viu seu comandante abandonar o barco no meio do caminho. Não é fácil de aceitar, ainda mais no futebol, onde a paixão domina. E teve a conversa dos ratos, que foi bem desagradável.  Mas que poderíamos aprender com ele, poderíamos. Ninguém é tantas vezes campeão brasileiro seguidamente se não tiver algo a ensinar. E o Fluminense precisa mesmo de uma gestão mais profissional do seu futebol. 


DMDG - P: Como viu a recente polêmica envolvendo a imprensa e um conselheiro do clube?
RJ - R: Bom, escrevi sobre isso também. O conselheiro errou. Fato, não discuto. Principalmente quando ofendeu a torcida do Flamengo. Um absurdo. Mas houve exagero na veiculação da notícia. Porque fizeram como se o cidadão fosse um representante legítimo do Flu naquele momento. E não era. Apesar de conselheiro, ele estava exercendo o papel de torcedor. E um torcedor na arquibancada a gente sabe como age. O repórter trabalha diariamente no clube, conhece os bastidores, sabe quem fala e quem não fala pela instituição. Ampliando a discussão, vejo uma crise no jornalismo esportivo. Pega, por exemplo, o episódio do Fred e agora o do Valdívia. É muita fofoquinha, muito "disse-que-disse". E olha que não faltam assunto sérios a serem tratados. É o tal "jornalismo-manja", conforme muito bem define o ótimo Lúcio de Castro. 


DMDG - Quem, pra você, é o maior ídolo do Fluminense?
RJ - R: Ah, essa do ídolo é muito pessoal. Poderia dizer Rivelino, Washington, Assis, Romerito e outros tantos. Mas eu não vi esses caras jogarem ou vi muito pouco, não tenho lembranças vivas. Eles são ídolos, claro, mas não são, pra mim, os maiores. Enrolei à beça, né? Tá, vai lá, coloca o Conca aí. (risos)


DMDG - Um jogo marcante?
RJ - R: Essa é fácil. Fluminense 3 X 1 São Paulo, Libertadores 2008. O São Paulo era o time da moda. Ganhar do São Paulo representava uma espécie de atestado de competência do time. Ainda mais numa Libertadores, a queridinha deles (risos). Me recordo de uma manchete do O Globo no dia seguinte: "orgulho de ser tricolor", com várias fotos de famílias tricolores almoçando com a camisa do time. Digamos que foi a volta formal do Flu ao rol das principais equipes do país, embora tivéssemos vencido a Copa do Brasil no ano interior.







quinta-feira, 27 de outubro de 2011

#75 - O All-in de Emerson Leão

Indo contra o que sempre pregou, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, mudou mais uma vez de técnico.  Contratou Emerson Leão, um técnico na minha visão, ao lado de Celso Roth, Geninho, Estevam Soares e Cia., já ultrapassado e que há tempos não faz um bom trabalho – pelo contrário, é lembrado apenas pelas confusões que causou.

Está escancarado que o São Paulo não se achou desde que demitiu Muricy Ramalho, tri-campeão brasileiro por lá. Vieram Ricardo Gomes, Carpegiani e, por último, Adilson Batista, todos igualmente questionados pela torcida mesmo antes de serem contratados. Por ironia ou não, Muricy ganharia, dois anos após sair do Morumbi, a tão sonhada Libertadores da América que foi, se não o principal, um dos grandes motivos que influenciaram na sua demissão.

Se o São Paulo não tem muito a ganhar com o novo técnico, para Emerson Leão é uma baita oportunidade. E, ciente disso, ele, que já foi considerado um dos grandes técnicos do país, se sujeitou a um contrato de apenas dois meses de duração. Em suas palavras: “recusar seria um suicídio”.



Ontem foi a estreia de Emerson Leão. Como esperado, nada de diferente. Barrou Rivaldo (até aí nada de mais, além da explícita necessidade “corroborar” a fama de “durão”) para levar o meia Cañete. E já no Paraguai, inexplicavelmente, não relacionou o jogador. Coisa de um técnico historicamente controverso, há mais de um ano fora do futebol e sabedor que esta pode ser sua última oportunidade em um grande clube. Quem joga pôker sabe: este é o All-in de Emerson Leão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

#74 - Ditadores daqui e de lá

Em 2011, o mundo presenciou revoluções em série no Oriente Médio. O primeiro levante foi visto na Tunísia, então governada pelo ditador Zine El Abidine Ben Ali, há 23 anos no poder. Por lá, milhares foram às ruas protestar impulsionados pela péssima situação econômica do país e pelo suicídio de um jovem desempregado, de quem a polícia confiscou uma banca de frutas que garantia seu ganha pão.  

Na seqüencia, foi a vez dos egípcios. Cansados dos abusos de autoridade, da corrupção e da decadência financeira do país, que mantém inúmeros egípcios desempregados,  milhares de cidadãos foram às ruas obrigar o ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder, a abandonar o posto. Na Líbia, Muamar Kadafi foi morto hoje após meses de protestos e uma verdadeira guerra civil. E foram vistos, ainda, grandes manifestações no Bahrein e na Síria – sendo os cidadãos do segundo massacrados pelas forças comandadas pelo ditador Bashar al-Assad.

Mas, ora, o que a chamada Primavera Árabe tem a ver com este blog e com o futebol de um modo geral? Muita coisa. Ditadores não estão restritos ao Oriente. Muito menos restritos à política. Acredite se quiser, mas eles estão também no futebol. A cara de pau é de magnitude semelhante, mas, por ora, ninguém os conseguiu tirar do poder. Por ora.

O mais notório atende pelo nome de Joseph Blatter e está à frente da maior entidade esportiva (FIFA) desde 1998.  Recentemente foi eleito para seu quarto mandato mesmo estando a entidade que ele comanda sob suspeitas de fraude e corrupção.

Em terras tupiniquins, o ditador do futebol chama-se Ricardo Teixeira. Igualmente envolvido em encrencas, Teixeira é quem manda e desmanda no futebol brasileiro. É ele quem decide tudo - de calendário a transmissões televisas. Apesar de estar no comando da CBF desde 1989, Ricardo Teixeira ainda perde o posto de maior ditador para um colega (ou hermano) na América do Sul: Julio Grondona. Há indigestos 32 anos à frente da AFA, Dom Julio acaba de ser eleito para mais 4 como presidente da federação.  Assim como o amigo Blatter, elegeu-se sem oposição: dos 46 votos possíveis, teve 46 a favor. Tudo isso com a seleção principal sem ganhar um título importante desde 1993.

Há muito em comum entre os ditadores na política e no futebol. Ambos são fissurados pelo poder. Ambos utilizam o posto ocupado para benefício próprio. Na política e no futebol, eles chegam aos altos escalões apoiados e, uma vez estando com o poder, passam por cima dos rivais.

Ricardo Teixeira, Julio Grondona, Joseph Blatter. Com aparência de bons velhinhos, são eles os ditadores do mundo chamado futebol. Cabe a quem é contra eles se fazer ouvir. Se caiu lá, cai cá também.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

#73 - Exagero e Excessos

Não concordo com muitos palmeirenses quando dizem que o Palmeiras é perseguido pela imprensa. Acho um discurso exagerado. A imprensa – na maioria dos casos, diga-se – noticia aquilo que está acontecendo. E no Palmeiras sempre acontece em maior escala.

Não entendo, por exemplo, o motivo de tantos  dirigentes falarem em nome do clube – ciente também que ter um presidente omisso ajuda nessa situação. É muita gente que dá entrevista: Mustafá, Cipullo, Percarmona, Frizzo. Falam e não acrescentam em nada.

Olhemos os rivais. No Corinthians, independente do assunto, tenha certeza que Andrés Sánchez é quem falará. E só. Idem para o São Paulo de Juvenal Juvêncio.  Na baixada não vi ninguém além de Luís Álvaro Ribeiro falar sobre as polêmicas e especulações acerca de Neymar e Ganso no Santos. São só eles, porque são eles que mandam. Costumo dizer que o Palmeiras é o sonho de qualquer jornalista, dada a quantidade de fontes e por isso não vejo perseguição da imprensa ; há na verdade muitos que falam e falam besteira.

Mas como em todo setor, a imprensa comete erros e excessos. Hoje, ouvindo a ótima rádio Estadão ESPN, em um dos boletins sobre o Palmeiras, o repórter (que não me recordo o nome) soltou mais ou menos a seguinte frase: “Felipão não é unanimidade no Palmeiras. Há quem goste, quem suporte e quem não está de acordo com o trabalho realizado por ele”. Além de representar uma falta de conteúdo, esta frase demonstra um escandaloso excesso por parte do repórter. Pera lá! Em TODOS os clubes do país, e em qualquer empresa do mundo, há quem goste e quem não goste do trabalho de seu superior.  O Palmeiras não é exclusividade.

São manchetes como essa que dão margem a comentários dizendo que o Palmeiras é perseguido, que há complô contra o clube. Há exagero quando se acha que há perseguição? Sim. Há excessos nas notícias? Também.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

#72 - Botafogo perto ; bandeiras longe

Assim como todos no campeonato,o Botafogo vive altos ebaixos. Ontem esteve em alta. Com um primeiro tempo excelente, o time carioca fez 2x0 no Corinthians, em um lotado Pacaembú.

Ano passado, em período semelhante do torneio, escrevi aqui que o Botafogo não era um time suficientemente bom para ser o campeão, mas que tinha uma tabela de jogos favorável. Agora a situação é diferente. Daqueles que estão na parte de cima da tabela é o time que mais me agrada. Abreu, Elkeson, Maicossuel, Cortês e Jefferson vivem grande fase e são os pilares que sustentam uma equipe de outros jogadores medianos.

Diante desse cenário, e considerando a partida que o Botafogo tem a menos em relação aos concorrentes, o ano aparenta poder terminar melhor que o de 2010. Caio Júnior tem como desafio melhorar o desempenho de seus comandados fora de casa. O que não terá melhor hora para acontecer: dos 4 jogos fora de casa que ainda fará, três serão contra adversários que estão na zona de rebaixamento (Avaí, América-MG, Atlético-MG) e um jogo decisivo contra o rival e também candidato ao título Vasco. Hoje o Botafogo tem a 6ª melhor campanha fora de casa – atrás de São Paulo, Flamengo, Vasco, Corinthians e Figueirense, respectivamente – com 43% de aproveitamento. Se esse percentual aumentar, e o futebol de ontem for mantido, o título ficará merecidamente em mãos alvinegras.

Vetou

Sob o argumento de que a proposta não está de acordo com o Estatuto de Defesa do Torcedor, o governador Geraldo Alckmin vetou o projeto de lei formulado pelo deputado Ênio Tatto (PT), que visava a volta das bandeiras com mastros aos estádios.

Diz o estatuto em seu artigo 41-B II: (sujeito à pena de 1 a 2 anos de reclusão) "portar, deter ou transportar, no interior do estádio, em suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de evento esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir para a prática de violência." Como defendi no texto #68, as organizadas entram nos estádios com itens da bateria, os quais também podem servir para a "prática de violência". Portanto, além do estatuto estar ultrapassado, não condiz com a realidade.

O governador disse ainda ter seguido recomendação do Comando Geral da Polícia Militar, o qual considera um possível retorno como retrocesso. Novamente discordo. Violência nos estádios têm de ser tratadas com punições severas e amenizadas com o cadastramento das organizadas.

O projeto agora volta à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que pode derrubar o veto do governador, caso isto seja decidido por dois terços dos parlamentares.


Abs!

@FabioNohbrega


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

#71 - Eles...de novo

Costumo dizer que técnico não tem tanta importância em um time de futebol, pois quem decide as partidas são os jogadores que entram em campo. Não adianta nada um técnico gastar horas e horas analisando vídeos, adversários e elaborando incontáveis jogadas ensaiadas se os jogadores não souberem - e não forem competentes - para colocar aquilo em prática. Por esse motivo, digo e repito que a ordem de cobranças em times que não produzem o esperado deve ser jogadores-diretoria-técnico e não técnico-diretoria-jogadores; sendo a última sequência a mais recorrente. Vale ressaltar que essa ordem pode sim ser mudada quando um desses "núcleos" extrapola nos erros.

Apesar de ser contra a atenção exacerbada dada aos técnicos, terei aqui de fazer um mea culpa , pois esse post será destinado, mais uma vez, a eles. Os "atores principais" dessa vez são Tite, atual técnico do Corinthians e (de novo!) Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo. O motivo da escolha desse tema está na proximidade da situação de ambos à frente dos clubes de maior torcida do país.

Ambos passaram por momentos de grande instabilidade no campeonato. Luxa mais recentemente (o primeiro semestre foi praticamente perfeito para ele e seu Flamengo) com a grande série de jogos sem vitória - o que para mim, parecia ter tirado o Flamengo da briga pelo título. Escrevi no penúltimo post sobre Luxa e defendi no texto sua permanência  no cargo baseado na mesma tese que sustento no primeiro parágrafo desse texto e no fato de não acreditar que uma mudança de técnico traria melhoras ao Flamengo nesse momento. Apesar da série negativa, Patricia Amorim, presidente do clube, sempre disse que não cogitava uma mudança de técnico. Ponto pra ela. O técnico está mantido e o time voltou a subir na tabela.

Diferente do flamenguista, Tite já enfrenta resistência da massa corinthiana a algum tempo. Desde o vexame diante do fraco Deportes Tolima até a derrota para o rival Palmeiras, o técnico é alvo de seguidos protestos da Fiel. Seu time foi muito mal na segunda metade do primeiro turno e tudo indicava que não teria vida longa à frente do time de Parque São Jorge. Mas André Sanchez, presidente do clube, assim como Patricia Amorim bancou o técnico, e hoje viu seu time amanhecer líder. Ponto pra ele.

Os mandatários dos maiores clubes do país remaram contra a maré. Ao invés de demitirem seus técnicos e "amenizar" possíveis estragos, resolveram arriscar e, mais que isso, acreditar no trabalho de profissionais sérios. Clubes grandes geridos como grandes.

Segundo o wikipédia, paciência é "uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo..."  


Sem mais...