Costumo dizer que técnico não tem tanta importância em um time de futebol, pois quem decide as partidas são os jogadores que entram em campo. Não adianta nada um técnico gastar horas e horas analisando vídeos, adversários e elaborando incontáveis jogadas ensaiadas se os jogadores não souberem - e não forem competentes - para colocar aquilo em prática. Por esse motivo, digo e repito que a ordem de cobranças em times que não produzem o esperado deve ser jogadores-diretoria-técnico e não técnico-diretoria-jogadores; sendo a última sequência a mais recorrente. Vale ressaltar que essa ordem pode sim ser mudada quando um desses "núcleos" extrapola nos erros.
Apesar de ser contra a atenção exacerbada dada aos técnicos, terei aqui de fazer um mea culpa , pois esse post será destinado, mais uma vez, a eles. Os "atores principais" dessa vez são Tite, atual técnico do Corinthians e (de novo!) Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo. O motivo da escolha desse tema está na proximidade da situação de ambos à frente dos clubes de maior torcida do país.
Ambos passaram por momentos de grande instabilidade no campeonato. Luxa mais recentemente (o primeiro semestre foi praticamente perfeito para ele e seu Flamengo) com a grande série de jogos sem vitória - o que para mim, parecia ter tirado o Flamengo da briga pelo título. Escrevi no penúltimo post sobre Luxa e defendi no texto sua permanência no cargo baseado na mesma tese que sustento no primeiro parágrafo desse texto e no fato de não acreditar que uma mudança de técnico traria melhoras ao Flamengo nesse momento. Apesar da série negativa, Patricia Amorim, presidente do clube, sempre disse que não cogitava uma mudança de técnico. Ponto pra ela. O técnico está mantido e o time voltou a subir na tabela.
Diferente do flamenguista, Tite já enfrenta resistência da massa corinthiana a algum tempo. Desde o vexame diante do fraco Deportes Tolima até a derrota para o rival Palmeiras, o técnico é alvo de seguidos protestos da Fiel. Seu time foi muito mal na segunda metade do primeiro turno e tudo indicava que não teria vida longa à frente do time de Parque São Jorge. Mas André Sanchez, presidente do clube, assim como Patricia Amorim bancou o técnico, e hoje viu seu time amanhecer líder. Ponto pra ele.
Os mandatários dos maiores clubes do país remaram contra a maré. Ao invés de demitirem seus técnicos e "amenizar" possíveis estragos, resolveram arriscar e, mais que isso, acreditar no trabalho de profissionais sérios. Clubes grandes geridos como grandes.
Segundo o wikipédia, paciência é "uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo..."
Sem mais...

Concordo que os jogadores tem a maior parte de culpa tanto nas vitorias quanto nas derrotas.
ResponderExcluirPorem o treinador tem que funcionar como motivador e fazer com que os seus jogadores ''comprem'' a ideia dele, acreditar no que o técnico fala. O muricy por exemplo nunca chegou na imprensa criticando algum jogador em especial, e sim sempre defende os seus atletas. Deve ser por isso que a todo ano ele conquista um titulo.
A partir disso se mudar muito de técnico, faz com que os jogadores se unem pelo ado negativo e acabam não se esforçando como deveria.