Não concordo com muitos palmeirenses quando dizem que o Palmeiras é perseguido pela imprensa. Acho um discurso exagerado. A imprensa – na maioria dos casos, diga-se – noticia aquilo que está acontecendo. E no Palmeiras sempre acontece em maior escala.
Não entendo, por exemplo, o motivo de tantos dirigentes falarem em nome do clube – ciente também que ter um presidente omisso ajuda nessa situação. É muita gente que dá entrevista: Mustafá, Cipullo, Percarmona, Frizzo. Falam e não acrescentam em nada.
Olhemos os rivais. No Corinthians, independente do assunto, tenha certeza que Andrés Sánchez é quem falará. E só. Idem para o São Paulo de Juvenal Juvêncio. Na baixada não vi ninguém além de Luís Álvaro Ribeiro falar sobre as polêmicas e especulações acerca de Neymar e Ganso no Santos. São só eles, porque são eles que mandam. Costumo dizer que o Palmeiras é o sonho de qualquer jornalista, dada a quantidade de fontes e por isso não vejo perseguição da imprensa ; há na verdade muitos que falam e falam besteira.
Mas como em todo setor, a imprensa comete erros e excessos. Hoje, ouvindo a ótima rádio Estadão ESPN, em um dos boletins sobre o Palmeiras, o repórter (que não me recordo o nome) soltou mais ou menos a seguinte frase: “Felipão não é unanimidade no Palmeiras. Há quem goste, quem suporte e quem não está de acordo com o trabalho realizado por ele”. Além de representar uma falta de conteúdo, esta frase demonstra um escandaloso excesso por parte do repórter. Pera lá! Em TODOS os clubes do país, e em qualquer empresa do mundo, há quem goste e quem não goste do trabalho de seu superior. O Palmeiras não é exclusividade.
São manchetes como essa que dão margem a comentários dizendo que o Palmeiras é perseguido, que há complô contra o clube. Há exagero quando se acha que há perseguição? Sim. Há excessos nas notícias? Também.

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