segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

#81 - Méritos Corinthianos

Já faz uma semana. Foi domingo, 4 de dezembro de 2011. No Pacaembu. Contra o arquirival Palmeiras. O Corinthians é penta campeão nacional.

O Campeonato Brasileiro está no formato de pontos corridos há 9 anos. Desde o início, muito se fala que esse sistema premia o clube de melhor estrutura e o mais regular durante toda a competição. Retrato do Corinthians de hoje.

O Corinthians foi o melhor durante mais tempo neste campeonato. Liderou 28 rodadas - ou 74% do torneio para os mais chegados em números. Foi aquele que mostrou o melhor futebol durante mais tempo no campeonato. Oscilou. Caiu. Levantou. E não largou mais.

Muito desse título se deve ao trabalho e bom senso do presidente (quase ex) Andrés Sanchez. Quando Tite balançou ele bateu o pé e disse que não demitiria seu técnico. Parafraseando um certo ex-ministro: Tite só sairia abatido à bala. Fez o correto. Trabalhos se julgam quando são completados - a não ser em casos escabrosos. O técnico corinthiano tinha a confiança do grupo, o que foi preponderante para que o time voltasse aos trilhos.
O Corinthians não tem um grande craque. Tem um ótimo time formado por muitos bons jogadores. Time este que  quando está completo e acordado demonstra um bom futebol, um eficientíssimo jogo coletivo. Pra mim, estava nos 11 de Tite o melhor jogador do campeonato: Paulinho. Quando este não estava bem, o Corinthians não ía bem.

O foco corinthiano agora é, de novo, a Libertadores da América. O grande pecado dos alvinegros será novamente transformar isso em obsessão - lembremos do desastre contra o Tolima. Reforços são necessários para a zaga e para uma das laterais, pelo menos. Liédson precisa de um reserva. Esqueçam Adriano. Esse não quer nada com nada.

Desde 2003 dizem que nos pontos corridos vence o mais regular. Em 2011, regularidade atendeu pelo nome de Corinthians. Com méritos, Andrés, Tite e seus comandados são os campeões brasileiros de 2011. 




CAMARÃO. Felipão disse certo dia que em 2012 quer largar o osso e ter camarão a disposição. A diretoria palmeirense sinalizou positivamente ao discurso do gaúcho, dizendo que montaria um time forte para 2012. Começam as especulações e quem o Palmeiras está próximo de contratar? William..vulgo Batoré.  Camarão estragado ein, Felipão?

DÚVIDA DA BAIXADA. Muricy diz que não irá pressionar o Barcelona em uma eventual final no Mundial de Clubes. Ocorre que espaço é tudo o que o Barcelona mais gosta para tocar, tocar e tocar a bola até Xavi ou Iniesta achar espaço e deixar alguém na cara do gol. O que fazer, Muriçoca?

ALIÁS. Que jogo fez o Barcelona de Pep Guardiola contra o Real Madrid, no sábado! Os merengues até que tentaram, fizeram pressão e saíram na frente. Só que ninguém aguenta marcar daquele jeito por 90 minutos. Quando a marcação arriou, o Barcelona foi calmamente empurrando o Real e marcando seus gols. Messi jogou muito bem. Cristiano Ronaldo por sua vez....



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

#80 - A aparência enganou

Certo dia deste ano (não lembro exatamente a data) participei do programa de rádio dos meus ex-colegas de classe de jornalismo lá na Uninove, o “Dribles e Caneladas”. Lembro que a certa altura do programa eu comentei ( e desdenhei, confesso) sobre os sonhos do Botafogo, que, segundo seu presidente, estava para acertar a contratação de um grande jogador.

Quando vi o anúncio do volante Renato, vindo do Sevilla, comecei a notar que o Botafogo estava mudando seu jeito de pensar. Estava pensando grande. Vá lá que Renato não é um jogador conhecido por ser o destaque  onde jogou, mas perto dos times medianos que o Botafogo ano a ano montava, tratava-se de uma mudança de patamar. Isso agregado a Elkeson, Loco Abreu, Maicosuel, Jefferson e um achado que foi a contratação de Bruno Cortês.

O resultado do “pensar grande” do presidente Maurício Assumpção está sendo visto nesta edição do Campeonato Brasileiro. Como há muito tempo não fazia, o Botafogo brigou em boa parte do campeonato pelo título. O torcedor vislumbrou - como há muito tempo não fazia -  a hipótese de ser campeão. O Botafogo - como há muito tempo não fazia – está próximo de uma vaga na Libertadores.

O últimos resultados não são bons, é verdade. Como muitos times desse campeonato, o Botafogo vem oscilando nas últimas rodadas. Na semana que antecedeu a demissão de Caio Jr. , lendo as sucessivas notícias sobre a iminente queda do técnico por conta dos resultados, estava certo de que Maurício Assumpção corroboraria a idéia de que realmente o Botafogo mudara de patamar.

 Mas, a aparência enganou.De maneira amadora (talvez nem isso), a diretoria do Botafogo e seu presidente optaram por mandar Caio Jr embora. Atitude, que convenhamos, é costume dos cartolas de cá. O time vai mal das pernas e eles escolhem alguém (jogador ou técnico) para bode expiatório. E como já esperado, a mudança de nada adiantou. Domingo, contra o Inter, no Engenhão, o Botafogo perdeu mais uma. Com técnico interino o time foi dominado e não teve mudança nenhuma com relação ao que Caio Jr vinha fazendo.

O problema não era Caio Jr. Como já citado no texto e repetido diversas vezes em textos deste blog, todo time oscila. Calhou do momento do Botafogo ser nas últimas rodadas. Demitir o técnico agora – como em quase todas as vezes que isso ocorre – não adiantará em nada. Pelo contrário.





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OUTRO TIME. Digno de nota o jogo que este mesmo Inter fez no Engenhão. Dorival trocou a previsibilidade pela ofensividade. Com Tinga ao lado de Guiñazu, Oscar ao lado de D’Alessandro e Gilberto fazendo companhia para Damião, o colorado envolveu o Botafogo e foi soberano na partida.

PERGUNTA DA SEMANA. Após a vitória sobre o Bahia, o Palmeiras zerou qualquer possibilidade de rebaixamento e parece – finalmente – navegar em águas mais tranqüilas. Mas a pergunta é: por quanto tempo? São Paulo e Corinthians são os próximos rivais...

DIFÍCIL ENTENDER.  Tirone diz que o Palmeiras será forte ano que vem. Felipão fez a lista com os reforços. E quem desta lista que está mais próximo do acerto? Jonas, lateral-direito do Coritiba. Sim, ele joga na mesma posição do Cicinho.

PRIMEIRA LINHA. Enrolei tanto pra escrever o texto sobre a última rodada que já posso até comentar sobre a atuação do Vasco, ontem, pela Sul-Americana. Não vi o jogo todo, mas destaco a presença e a atuação de Felipe e Juninho Pernambucano no meio campo vascaíno. Jogam fácil. Felipe, não fosse pela condição física, poderia ter feito muito mais durante a temporada.

CRAQUE DO BR-11. Cheguei hoje em casa e vi a relação dos indicados ao prêmio de craque do BR-11. Aquele que considero o melhor e mais regular do campeonato não está entre os três indicados: Paulinho, volante do Corinthians.


NFL
Destaques rodada #10
O Denver Broncos venceu em casa o New York Jets com Tim Tebow correndo para o Touchdown da vitória. Foram 8 corridas para 68 jardas. Em Baltimore, Ravens e Bengals se enfrentaram em um jogo com 6 TD’s e até tackle no juiz. 31-24 para os mandantes e destaque para as ótimas atuações de Joe Flacco (QB) e Ray Rice (RB).

O Green Bay Packer manteve-se invicto na temporada vencendo em casa o Tampa Bay Bucaneers de um assustadoramente forte LeGarrete Blount (RB). Os Cowboys, por sua vez, chegaram à sexta vitória contra os RedSkins em uma partida decidida na prorrogação. Final 27-24 com os dois QB’s (Tony Romo e Rex Grossman), jogando muito.

49ers chegaram à nona vitória e estão próximos da classificação para os playoffs.

Pior partida: Jaguar 10 Browns 14. Erro de Field Goal a dois minutos do fim quase comprometeu a vitória do time da casa.

Melhor partida: Carolina Panthers 35 Detroit Lions 49. O Panther vencia até o half time por 27-14, mas não conteve o running back Kevin Smith, que correu 140 jardas e anotou 2 TD’s.

@FabioNohbrega

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

#79 - Singela Demonstração

*Texto escrito em 15/11


Hoje, feriado de Proclamação da República, chovendo e razoavelmente frio, assisti aos dois últimos jogos do Fluminense. O primeiro foi a vitória no Rio Grande do Sul sobre o Internacional de um estranhamente previsível Dorival Junior. O segundo foi a derrota para o até então lanterna  América-MG. O desempenho contra os mineiros tem muito a ver com o resultado do jogo contra os gaúchos. Talvez não o resultado, mas sim no que resultou aquela vitória.

 Ao ganhar do Inter, o Fluminense assumiu a terceira posição do campeonato ficando -  com as derrotas de Corinthians para o próprio América-MG e do Vasco para o Santos -  a dois pontos da liderança. A semana tricolor se baseou em projeções e mais projeções. O próximo jogo seria contra o lanterna, que venceu o Corinthians, mas não haveria de ser problema para os “guerreiros tricolores”, que após 33 rodadas estavam mais vivos do que nunca na briga pelo bi nacional. Era ganhar do América-MG, dormir líder e torcer contra Corinthians e Vasco.

O Fluminense entrou em campo no sábado aparentando que cada jogador carregava uma pedra gigante nas costas, tamanha a pressão que a possível liderança causou. O desempenho contra o Inter fez com que o torcedor enchesse o Engenhão. A pressão era grande. E o Flu sucumbiu: América-MG 2x1 e o título distante.

A atuação do Fluminense no sábado é a mais singela demonstração do que está acontecendo nesse campeonato. Todas as equipes que estão ou estiveram na briga pelo título, no momento da pressão, de mostrar um bom futebol, de mostrar a que realmente vieram, não conseguiram. Foi assim na supracitada derrota do Corinthians para o América. Naquela rodada, o Vasco enfrentaria o Santos com o retorno de Ganso, Neymar e Borges. A mais que provável vitória corintiana (afinal, era o líder contra o lanterna) daria três pontos de vantagem ao time de Parque São Jorge, a cinco rodadas do fim. O que aconteceu? O Corinthians travou.

Não aconteceu somente com Corinthians e Fluminense. Vasco, Inter, Flamengo, e principalmente o Botafogo passaram pela mesma situação. Este último já não vence a quatro rodadas após estar prestes a assumir a liderança.

O equilíbrio do campeonato é resultado disso. Muitos dirão que faltam grandes times, que o campeonato está nivelado por baixo. Talvez. Contra o Inter, Deco esteve em campo pelo Flu; contra o América-MG não. Eu prefiro pensar que é isso que torna esse campeonato o mais competitivo do mundo...

Vasco e Corinthians estão agora na dianteira. Resta saber se agüentarão a pressão...


PREVISÍVEL. Estava na cara que quando Kléber falasse seria para criticar o Felipão. Se 80% do time não gosta dele eu não sei, mas sei de uma coisa: essa ladainha já cansou.

É BOM DE ASSISTIR. Além dos dois jogos do Fluminense que assiti, vi o jogo do Santos contra o Vasco da 33ª rodada. Vi Neymar e Ganso jogarem...muito.

SONOLENTO. Dessa vez não ficou só nos bocejos. Eu dormi vendo o jogo do Brasil, ontem, contra o Egito. Deu tempo para ver os dois gols e a boa participação de Hulk, Alex Sandro e Diego Alves.

HAJA CORAÇÃO! Até que o Galvão não fez feio na primeira transmissão do UFC em TV aberta. Demonstrou que estudou um pelo menos um pouco sobre o esporte. Mas também não resistiu tanto assim. Teve espaço para um “Júnior, Júnior, Júnior, Cigano.. é do Brasil!”

NFL.  Alguns destaques da rodada de futebol americano do final de semana: ainda sem Peyton Manning, os Colts perderam mais uma e seguem sem vencer na temporada. Curtis Painter, o QB substituto, teve duas interceptações.
 Rex Grossman, que eu nem sabia que estava no Washington Red Skins, foi interceptado duas vezes na derrota de 9-20 para o Miami Dolphins do ótimo running back Reggie Bush (2 TD’s).
A melhor partida da rodada foi New Orleans Saints 26x23 Atlanta Falcons. O Field Goal decisivo foi convertido na prorrogação após a franquia de Atlanta não converter uma subida de 4th and inches.
O pior confronto foi protagonizado na cidade de Cleveland, onde os donos da casa perderam para o Saint Louis Rams por singelos 13x12. A dois minutos do fim, o kicker dos Browns errou o Field Goal que praticamente daria a vitória aos mandantes.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

#78 - Problema anunciado

Além de todas as complicações que as duas últimas atuações do Corinthians podem acarretar, a equipe convive nessa reta final com uma situação problemática. O problema – como muitos já esperavam – atende pelo nome de Adriano.  Apesar de passar meses em recuperação, o jogador ainda não está em condições e não se sabe quando, afinal, estreará pelo Corinthians.

Ter Adriano no foco das notícias a essa altura da competição pode atrapalhar e muito o Corinthians. A pressão pela liderança já é grande e agrava-se tendo um jogador com salário de seis dígitos que ainda não correspondeu. Tite sofre pressão para escalá-lo e talvez o fará, mesmo sabendo que não é o mais correto.

Isso porque o Corinthians chegou até aqui sem Adriano. O Corinthians não precisa dele; ele é quem precisa do Corinthians. Até o momento e, ao que tudo indica, a “parceria” Corinthians-Adriano ficará a milhas de distância da bem sucedida Corinthians-Ronaldo. Adriano não trará nenhum ganho em publicidade por conta dos sucessivos problemas. Dificilmente um patrocinador atrela seu nome a de um “jogador problema” – talvez a Ambev, quem sabe. E Adriano não parece se preocupar com seu desempenho dentro de campo: é só pintar uma folga que lá está ele tomando sua cervejinha.

Sei que não é correto julgar o que os jogadores fazem fora de campo. É, de fato, um problema deles. O problema de Adriano é que o desleixo em suas folgas só fez aumentar seu tempo de recuperação e deixá-lo visivelmente acima do peso – os pouquíssimos minutos que esteve em campo foram constrangedores. Neste caso sim, o que o jogador faz fora de campo, em sua folga, torna-se inevitavelmente foco de crítica.

FEIO DE DOER. Parei pra ver o jogo da seleção contra o Gabão. A primeira coisa que notei, óbvio, foi o estado do gramado. Lastimável. A bola pulava mais do que rolava.
O jogo foi fraco a ponto de não conseguir assistir até o final. Isso é sério. Me peguei bocejando lá para os 30 do segundo tempo e desisti de assisti. Destaque para uma atuação razoável de Hernanes. E só.

REFLEXÃO. Voltava eu do trabalho certo dia quando pensei: se Kléber for realmente para o Grêmio, este será menos um na lista de pretendentes a contratar o treinador quando seu contrato acabar com o Palmeiras, dada a troca de gentileza entre os dois, certo?

FICOU. Gostem ou não, o “fico” de Neymar é algo histórico sim. Não fosse o episódio com Dorival Júnior, diria que o trabalho de Luís Alvaro é perfeito até aqui.

INVEJA BOA. A maioria dos torcedores dos outros times do país estão com inveja dos vascaínos. O time tem grandes chances de papar três títulos este ano e dá exemplo de seriedade jogando as duas competições (Sul-Americana e Brasileirão) pra valer. Dá uma inveja...mas uma inveja boa, diga-se.

VOLTANDO. Nessa semana retornei ao mundo da bola oval. Já se vão mais ou menos dois anos desde a última partida da NFL que assisti por completo. Na visita ao site oficial da liga vi que os Colts, outrora imbatíveis, estão muito mau e que Cincinatti Bengals e San Francisco 49ers são as grandes surpresas do ano.
Vou voltando aos poucos e me adaptando, pois muita coisa mudou. Conforme for, escrevo aqui alguma coisinha sobre a bola oval.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

#77 - Dane-se. Ou vice-versa...

No último mês, abrindo qualquer site de esportes, lia-se a cada dia pelo menos uma notícia sobre Tevez ou Kléber. O argentino, atualmente no Manchester City, da Inglaterra, envolveu-se numa polêmica com seu treinador, Roberto Mancini, após recusar-se a entrar no segundo tempo de uma partida. Kléber, que equivocadamente era considerado ídolo por alguns palmeirenses, teve atitude semelhante, discutindo com Felipão e liderando uma “greve de concentração” entre os companheiros de equipe.

Há semelhança na atitude dos dois jogadores. Ambos, sabidamente, já não pretendiam permanecer em seus atuais clubes. Clubes estes com o qual firmaram contrato, comprometendo-se  a prestar serviços mediante a um – em ambos os casos – alto salário. No entanto, os contratos celebrados entre clube e atleta parecem ter perdido valor no futebol. Tevez, no início da atual temporada, redigiu uma carta destinada à diretoria do Manchester City onde se dizia insatisfeito e infeliz, solicitando sua liberação para jogar mais perto de sua família. O palmeirense Kléber fez pior: diante de um interesse de outro clube,  meteu a boca nos microfones da imprensa para clamar por valorização e chamar um dirigente de mau caráter.  Os salários pagos e as multas rescisórias? A duração do contrato que assinaram? Os torcedores? Dane-se.

Os atacantes, com cara de pau semelhante à de pessoas que trabalham em uma cidade chamada Brasília, agora alegam que estão impedidos de trabalhar e que foram discriminados. Pior de tudo é o fato de que possivelmente os jogadores ganhariam um processo trabalhista com essas alegações. Algo que para mim abre um precedente perigosíssimo. Mesmo que não haja abertura de processo, a atitude dos jogadores teve a mesma implicação: foram afastados. Mediante a isso, muito provavelmente, Tevez e Kléber conseguirão o que desejam, que é se transferir para outro clube. Obtendo êxito no objetivo e respaldo por parte da justiça, a atitude dos dois pode incentivar jogadores, que por não fazer parte do time principal, julguem-se “discriminados e impedidos de trabalhar”.

Reféns. Hoje, por exemplo, o site do jornal Lance! divulgou uma matéria com a relação dos jogadores “encostados”na Série A, aqueles que não jogaram ou o fizeram muito pouco durante a competição. Imagine se todos se verem no direito de forçar a saída dos clubes, ignorando os contratos vigentes? Pois é, se já não bastasse a “empresário-dependência”, os clubes ficariam mais reféns ainda dos jogadores.
Tevez e Kléber têm histórico de saídas conturbadas dos clubes. Kléber forçou a barra para sair do Cruzeiro, com o qual tinha contrato, para ir para o Palmeiras que dizia amar. Tevez, só na Inglaterra, saiu brigado com West Ham e Manchester United. Isso sem contar a maneira como saiu do Corinthians, clube com o qual flerta novamente.

Aí está outra importante questão. Mesmo com o histórico dos dois jogadores, há quem os deseje em seu clube, como as diretorias de Grêmio e Corinthians. Uma coisa é certa: esses dois ainda renderão muitos meses de polêmicas. Mas Grêmio e Corinthians ignoram isso. Não foram com eles, então que se dane...



@FabioNohbrega


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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

#76 - Atrás do Alambrado com Roberto Júnior



"Conca foi o maior ídolo da história recente do Flu. Afirmo sem medo de errar"

Natural de Miguel Pereira, cidade a aproximadamente 80km da capital Rio de Janeiro, Roberto Fernandes de Souza Júnior, 31 anos, vive atualmente em Guaratinguetá-SP,  local de onde escreve seus textos para o "Blog do RJ", hospedado no site do jornal Lance!. Segundo ele, o ingresso no mundo dos blogs se deu após notar que seus comentários em blogs de jornalistas renomados eram bem aceitos pelos demais, gerando até mais comentários. Aparentemente ele estava certo. Recentemente seu blog "classificou-se" para a segunda fase do Prêmio Top Blog, que premia os blogs brasileiros mais populares. Filho de flamenguista, RJ, porém, é tricolor de coração. O período de estudos que passou na casa da avó, ouvindo dos tios constantes histórias sobre o time do Fluminense campeão de 1984, foi, segundo ele, o principal motivo que pesou na decisão. Via email, RJ concedeu a seguinte entrevista:






ENTREVISTA: Roberto Júnior




Dez Minutos Dois Gols - P: O que espera para essa reta final de campeonato?Acredita em titulo ainda? A Libertadores é obrigação?
Roberto Júnior - R:  Camarada, sejamos sinceros. Um time que tem Márcio Rosário na zaga ser campeão? (risos) É coisa de maluco. Mas aí é que está. O torcedor tricolor acabou ficando mal acostumado com o impossível. Fugimos de um rebaixamento, segundo Tristão Garcia, certo. Conseguimos uma classificação na Libertadores quando ninguém esperava. E ganhamos um jogo do Santos com gol de Márcio Rosário no último minuto (risos) E eu não vou acreditar no título? (risos).Falando com mais racionalidade, é, sim, muito difícil. Agora são sete pontos de diferença e só um outro milagre deixa a taça nas Laranjeiras. E não, a Libertadores não é obrigação. Aliás, acho uma tremenda palhaçada esse lance de impor "obrigações" de títulos. A obrigação do jogador, para honrar seu salário, é se esforçar. Conquistas são consequências.


DMDG - P: Qual sua avaliação do trabalho de Abel Braga?
RJ - R:  Bom, preciso ser honesto. Eu fui contrário à contratação do Abel. Não pelo próprio Abel, mas pelo tempo que o Fluminense ficaria sem técnico, jogando uma boa parte do ano fora. O que, de fato, aconteceu, sobretudo em relação à Libertadores. Mas também preciso ser justo. Não há como dizer que é horrível o trabalho de um treinador que conduziu uma equipe que possui uma defesa fraca à zona da Libertadores. E foi esse, pra mim, o grande erro do Abel. Insistir com jogadores comprovadamente fracos, além do péssimo hábito de encher o time de volantes.


DMDG - P: Em um de seus textos recentes, você questionava se, após a goleada para o maior rival, o Manchester United deveria demitir seu técnico. Se eventualmente o Fluminense ficar fora da Libertadores, com derrotas para os rivais nas ultimas rodadas, é a favor da permanência de Abel para 2012?
RJ - R: Sim, sou favorável. Desde que ele peça reforços para a defesa. Até porque o mercado de técnicos no Brasil está um caos. Quem demite treinador hoje em dia se vê no dilema de quem contratar. Veja o São Paulo, por exemplo, que foi obrigado a resgatar o Leão por falta de opções. Tudo bem, vamos demitir Abel. E vamos colocar quem no lugar?


DMDG - P: À época, como encarou a venda de Dario Conca?
RJ: R: Com pesar, mas sem revolta. A proposta era muito boa. E como é que eu vou criticar um cara por conta de uma proposta "nível Messi"? Deixa quieto, ele vai lá, ganha o dinheiro dele, e depois volta para as Laranjeiras.


DMDG - P: Ele pode ser considerado um ídolo da torcida?
RJ: R: Ah, sim, com certeza. Ainda mais para a geração pós-1984, que viveu e sobreviveu a épocas tristes, de rebaixamentos e humilhações. Junto com Thiago Silva, Conca foi o maior ídolo da História recente do Flu. Afirmo isso sem medo de errar.


DMDG - P: Como você avalia o custo-beneficio da contratação de Deco?
RJ: R: Não sei o que dizer sobre o Deco. Se eu for responder sua pergunta levando em conta apenas a questão matemática, aí foi quase nenhum. Custo altíssimo, frutos poquíssimos. Agora, quando joga, é um cara diferente, né? Que tem um toque especial e que decidiu alguns jogos importantes a nosso favor. Bora fazer o seguinte: te respondo melhor em dezembro, ok? (risos)


DMDG - P: Como você viu a saída de Muricy Ramalho?
RJ - R:  Acho que poderíamos aprender com ele. Porque a estrutura do Flu realmente é terrível. Não condiz com a grandeza do clube. O cara poderia ter segurado a onda pelo menos até o final da Libertadores. É, acho que nisso ele errou. Poxa, a torcida estava sedenta pela redenção de 2008. Acho que aí se criou a mágoa. A torcida queria muito esse título e viu seu comandante abandonar o barco no meio do caminho. Não é fácil de aceitar, ainda mais no futebol, onde a paixão domina. E teve a conversa dos ratos, que foi bem desagradável.  Mas que poderíamos aprender com ele, poderíamos. Ninguém é tantas vezes campeão brasileiro seguidamente se não tiver algo a ensinar. E o Fluminense precisa mesmo de uma gestão mais profissional do seu futebol. 


DMDG - P: Como viu a recente polêmica envolvendo a imprensa e um conselheiro do clube?
RJ - R: Bom, escrevi sobre isso também. O conselheiro errou. Fato, não discuto. Principalmente quando ofendeu a torcida do Flamengo. Um absurdo. Mas houve exagero na veiculação da notícia. Porque fizeram como se o cidadão fosse um representante legítimo do Flu naquele momento. E não era. Apesar de conselheiro, ele estava exercendo o papel de torcedor. E um torcedor na arquibancada a gente sabe como age. O repórter trabalha diariamente no clube, conhece os bastidores, sabe quem fala e quem não fala pela instituição. Ampliando a discussão, vejo uma crise no jornalismo esportivo. Pega, por exemplo, o episódio do Fred e agora o do Valdívia. É muita fofoquinha, muito "disse-que-disse". E olha que não faltam assunto sérios a serem tratados. É o tal "jornalismo-manja", conforme muito bem define o ótimo Lúcio de Castro. 


DMDG - Quem, pra você, é o maior ídolo do Fluminense?
RJ - R: Ah, essa do ídolo é muito pessoal. Poderia dizer Rivelino, Washington, Assis, Romerito e outros tantos. Mas eu não vi esses caras jogarem ou vi muito pouco, não tenho lembranças vivas. Eles são ídolos, claro, mas não são, pra mim, os maiores. Enrolei à beça, né? Tá, vai lá, coloca o Conca aí. (risos)


DMDG - Um jogo marcante?
RJ - R: Essa é fácil. Fluminense 3 X 1 São Paulo, Libertadores 2008. O São Paulo era o time da moda. Ganhar do São Paulo representava uma espécie de atestado de competência do time. Ainda mais numa Libertadores, a queridinha deles (risos). Me recordo de uma manchete do O Globo no dia seguinte: "orgulho de ser tricolor", com várias fotos de famílias tricolores almoçando com a camisa do time. Digamos que foi a volta formal do Flu ao rol das principais equipes do país, embora tivéssemos vencido a Copa do Brasil no ano interior.







quinta-feira, 27 de outubro de 2011

#75 - O All-in de Emerson Leão

Indo contra o que sempre pregou, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, mudou mais uma vez de técnico.  Contratou Emerson Leão, um técnico na minha visão, ao lado de Celso Roth, Geninho, Estevam Soares e Cia., já ultrapassado e que há tempos não faz um bom trabalho – pelo contrário, é lembrado apenas pelas confusões que causou.

Está escancarado que o São Paulo não se achou desde que demitiu Muricy Ramalho, tri-campeão brasileiro por lá. Vieram Ricardo Gomes, Carpegiani e, por último, Adilson Batista, todos igualmente questionados pela torcida mesmo antes de serem contratados. Por ironia ou não, Muricy ganharia, dois anos após sair do Morumbi, a tão sonhada Libertadores da América que foi, se não o principal, um dos grandes motivos que influenciaram na sua demissão.

Se o São Paulo não tem muito a ganhar com o novo técnico, para Emerson Leão é uma baita oportunidade. E, ciente disso, ele, que já foi considerado um dos grandes técnicos do país, se sujeitou a um contrato de apenas dois meses de duração. Em suas palavras: “recusar seria um suicídio”.



Ontem foi a estreia de Emerson Leão. Como esperado, nada de diferente. Barrou Rivaldo (até aí nada de mais, além da explícita necessidade “corroborar” a fama de “durão”) para levar o meia Cañete. E já no Paraguai, inexplicavelmente, não relacionou o jogador. Coisa de um técnico historicamente controverso, há mais de um ano fora do futebol e sabedor que esta pode ser sua última oportunidade em um grande clube. Quem joga pôker sabe: este é o All-in de Emerson Leão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

#74 - Ditadores daqui e de lá

Em 2011, o mundo presenciou revoluções em série no Oriente Médio. O primeiro levante foi visto na Tunísia, então governada pelo ditador Zine El Abidine Ben Ali, há 23 anos no poder. Por lá, milhares foram às ruas protestar impulsionados pela péssima situação econômica do país e pelo suicídio de um jovem desempregado, de quem a polícia confiscou uma banca de frutas que garantia seu ganha pão.  

Na seqüencia, foi a vez dos egípcios. Cansados dos abusos de autoridade, da corrupção e da decadência financeira do país, que mantém inúmeros egípcios desempregados,  milhares de cidadãos foram às ruas obrigar o ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder, a abandonar o posto. Na Líbia, Muamar Kadafi foi morto hoje após meses de protestos e uma verdadeira guerra civil. E foram vistos, ainda, grandes manifestações no Bahrein e na Síria – sendo os cidadãos do segundo massacrados pelas forças comandadas pelo ditador Bashar al-Assad.

Mas, ora, o que a chamada Primavera Árabe tem a ver com este blog e com o futebol de um modo geral? Muita coisa. Ditadores não estão restritos ao Oriente. Muito menos restritos à política. Acredite se quiser, mas eles estão também no futebol. A cara de pau é de magnitude semelhante, mas, por ora, ninguém os conseguiu tirar do poder. Por ora.

O mais notório atende pelo nome de Joseph Blatter e está à frente da maior entidade esportiva (FIFA) desde 1998.  Recentemente foi eleito para seu quarto mandato mesmo estando a entidade que ele comanda sob suspeitas de fraude e corrupção.

Em terras tupiniquins, o ditador do futebol chama-se Ricardo Teixeira. Igualmente envolvido em encrencas, Teixeira é quem manda e desmanda no futebol brasileiro. É ele quem decide tudo - de calendário a transmissões televisas. Apesar de estar no comando da CBF desde 1989, Ricardo Teixeira ainda perde o posto de maior ditador para um colega (ou hermano) na América do Sul: Julio Grondona. Há indigestos 32 anos à frente da AFA, Dom Julio acaba de ser eleito para mais 4 como presidente da federação.  Assim como o amigo Blatter, elegeu-se sem oposição: dos 46 votos possíveis, teve 46 a favor. Tudo isso com a seleção principal sem ganhar um título importante desde 1993.

Há muito em comum entre os ditadores na política e no futebol. Ambos são fissurados pelo poder. Ambos utilizam o posto ocupado para benefício próprio. Na política e no futebol, eles chegam aos altos escalões apoiados e, uma vez estando com o poder, passam por cima dos rivais.

Ricardo Teixeira, Julio Grondona, Joseph Blatter. Com aparência de bons velhinhos, são eles os ditadores do mundo chamado futebol. Cabe a quem é contra eles se fazer ouvir. Se caiu lá, cai cá também.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

#73 - Exagero e Excessos

Não concordo com muitos palmeirenses quando dizem que o Palmeiras é perseguido pela imprensa. Acho um discurso exagerado. A imprensa – na maioria dos casos, diga-se – noticia aquilo que está acontecendo. E no Palmeiras sempre acontece em maior escala.

Não entendo, por exemplo, o motivo de tantos  dirigentes falarem em nome do clube – ciente também que ter um presidente omisso ajuda nessa situação. É muita gente que dá entrevista: Mustafá, Cipullo, Percarmona, Frizzo. Falam e não acrescentam em nada.

Olhemos os rivais. No Corinthians, independente do assunto, tenha certeza que Andrés Sánchez é quem falará. E só. Idem para o São Paulo de Juvenal Juvêncio.  Na baixada não vi ninguém além de Luís Álvaro Ribeiro falar sobre as polêmicas e especulações acerca de Neymar e Ganso no Santos. São só eles, porque são eles que mandam. Costumo dizer que o Palmeiras é o sonho de qualquer jornalista, dada a quantidade de fontes e por isso não vejo perseguição da imprensa ; há na verdade muitos que falam e falam besteira.

Mas como em todo setor, a imprensa comete erros e excessos. Hoje, ouvindo a ótima rádio Estadão ESPN, em um dos boletins sobre o Palmeiras, o repórter (que não me recordo o nome) soltou mais ou menos a seguinte frase: “Felipão não é unanimidade no Palmeiras. Há quem goste, quem suporte e quem não está de acordo com o trabalho realizado por ele”. Além de representar uma falta de conteúdo, esta frase demonstra um escandaloso excesso por parte do repórter. Pera lá! Em TODOS os clubes do país, e em qualquer empresa do mundo, há quem goste e quem não goste do trabalho de seu superior.  O Palmeiras não é exclusividade.

São manchetes como essa que dão margem a comentários dizendo que o Palmeiras é perseguido, que há complô contra o clube. Há exagero quando se acha que há perseguição? Sim. Há excessos nas notícias? Também.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

#72 - Botafogo perto ; bandeiras longe

Assim como todos no campeonato,o Botafogo vive altos ebaixos. Ontem esteve em alta. Com um primeiro tempo excelente, o time carioca fez 2x0 no Corinthians, em um lotado Pacaembú.

Ano passado, em período semelhante do torneio, escrevi aqui que o Botafogo não era um time suficientemente bom para ser o campeão, mas que tinha uma tabela de jogos favorável. Agora a situação é diferente. Daqueles que estão na parte de cima da tabela é o time que mais me agrada. Abreu, Elkeson, Maicossuel, Cortês e Jefferson vivem grande fase e são os pilares que sustentam uma equipe de outros jogadores medianos.

Diante desse cenário, e considerando a partida que o Botafogo tem a menos em relação aos concorrentes, o ano aparenta poder terminar melhor que o de 2010. Caio Júnior tem como desafio melhorar o desempenho de seus comandados fora de casa. O que não terá melhor hora para acontecer: dos 4 jogos fora de casa que ainda fará, três serão contra adversários que estão na zona de rebaixamento (Avaí, América-MG, Atlético-MG) e um jogo decisivo contra o rival e também candidato ao título Vasco. Hoje o Botafogo tem a 6ª melhor campanha fora de casa – atrás de São Paulo, Flamengo, Vasco, Corinthians e Figueirense, respectivamente – com 43% de aproveitamento. Se esse percentual aumentar, e o futebol de ontem for mantido, o título ficará merecidamente em mãos alvinegras.

Vetou

Sob o argumento de que a proposta não está de acordo com o Estatuto de Defesa do Torcedor, o governador Geraldo Alckmin vetou o projeto de lei formulado pelo deputado Ênio Tatto (PT), que visava a volta das bandeiras com mastros aos estádios.

Diz o estatuto em seu artigo 41-B II: (sujeito à pena de 1 a 2 anos de reclusão) "portar, deter ou transportar, no interior do estádio, em suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de evento esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir para a prática de violência." Como defendi no texto #68, as organizadas entram nos estádios com itens da bateria, os quais também podem servir para a "prática de violência". Portanto, além do estatuto estar ultrapassado, não condiz com a realidade.

O governador disse ainda ter seguido recomendação do Comando Geral da Polícia Militar, o qual considera um possível retorno como retrocesso. Novamente discordo. Violência nos estádios têm de ser tratadas com punições severas e amenizadas com o cadastramento das organizadas.

O projeto agora volta à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que pode derrubar o veto do governador, caso isto seja decidido por dois terços dos parlamentares.


Abs!

@FabioNohbrega


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

#71 - Eles...de novo

Costumo dizer que técnico não tem tanta importância em um time de futebol, pois quem decide as partidas são os jogadores que entram em campo. Não adianta nada um técnico gastar horas e horas analisando vídeos, adversários e elaborando incontáveis jogadas ensaiadas se os jogadores não souberem - e não forem competentes - para colocar aquilo em prática. Por esse motivo, digo e repito que a ordem de cobranças em times que não produzem o esperado deve ser jogadores-diretoria-técnico e não técnico-diretoria-jogadores; sendo a última sequência a mais recorrente. Vale ressaltar que essa ordem pode sim ser mudada quando um desses "núcleos" extrapola nos erros.

Apesar de ser contra a atenção exacerbada dada aos técnicos, terei aqui de fazer um mea culpa , pois esse post será destinado, mais uma vez, a eles. Os "atores principais" dessa vez são Tite, atual técnico do Corinthians e (de novo!) Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo. O motivo da escolha desse tema está na proximidade da situação de ambos à frente dos clubes de maior torcida do país.

Ambos passaram por momentos de grande instabilidade no campeonato. Luxa mais recentemente (o primeiro semestre foi praticamente perfeito para ele e seu Flamengo) com a grande série de jogos sem vitória - o que para mim, parecia ter tirado o Flamengo da briga pelo título. Escrevi no penúltimo post sobre Luxa e defendi no texto sua permanência  no cargo baseado na mesma tese que sustento no primeiro parágrafo desse texto e no fato de não acreditar que uma mudança de técnico traria melhoras ao Flamengo nesse momento. Apesar da série negativa, Patricia Amorim, presidente do clube, sempre disse que não cogitava uma mudança de técnico. Ponto pra ela. O técnico está mantido e o time voltou a subir na tabela.

Diferente do flamenguista, Tite já enfrenta resistência da massa corinthiana a algum tempo. Desde o vexame diante do fraco Deportes Tolima até a derrota para o rival Palmeiras, o técnico é alvo de seguidos protestos da Fiel. Seu time foi muito mal na segunda metade do primeiro turno e tudo indicava que não teria vida longa à frente do time de Parque São Jorge. Mas André Sanchez, presidente do clube, assim como Patricia Amorim bancou o técnico, e hoje viu seu time amanhecer líder. Ponto pra ele.

Os mandatários dos maiores clubes do país remaram contra a maré. Ao invés de demitirem seus técnicos e "amenizar" possíveis estragos, resolveram arriscar e, mais que isso, acreditar no trabalho de profissionais sérios. Clubes grandes geridos como grandes.

Segundo o wikipédia, paciência é "uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo..."  


Sem mais...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

#70 - Atrás do Alambrado com Jefferson Freire


Opa!

Hoje o Dez Minutos ou Dois Gols dá início a uma sessão que sempre tive vontade de escrever e que só agora resolvi colocar em prática. Trata-se do Atrás do Alambrado , uma sessão onde os textos serão destinados a entrevistas com aqueles que alimentam o esporte mais difundido do mundo: o torcedor! 
O intuito é trazer a visão e opinião dos torcedores, afinal, são esses que pagam ingressos, compram camisetas e embelezam os estádios. Aqui você terá a voz que fica atrás do alambrado.






ENTREVISTA: Jefferson Freire
"Não me conformo com Libertadores"

Morador de São Gonçalo, Jefferson Freire, 28 anos, é torcedor do Flamengo - segundo suas próprias palavras -  "desde sempre". Diz, porém, que passou acompanhar mais seriamente em 1993,época que seu tio assistia às partidas em sua casa. Em 2008 criou o blog Mengão Guerreiro para escrever sobre seu time de coração. Já transmitiu partidas via rádio pelo blog Maldita Futebol Clube, que ingressara em 2009. No fim daquele ano passaria a escrever no site Saudações Rubro-Negras, atividade que mantém até hoje juntamente com o blog O Mais Querido, no site do jornal O Globo. Via email, Jefferson concedeu a seguinte entrevista:

Dez Minutos Dois Gols - P: O que, pra você, explica a má fase no BR-11 do Flamengo?
Jefferson Freire - R: Não tem explicação. São muitas teorias que aparecem. Atraso em premiações, sacanagem com técnico, etc. É muito fácil hoje dizer que o time é ruim. Mas um time ruim não perde 2 jogos num semestre inteiro. Acredito que o time é bom, mas que muitos jogadores importantes vivem má fase. Não há explicação para esse declínio repentino. 

DMDG - P: Qual sua opinião sobre o trabalho do Luxemburgo? Acha interessante uma mudança de técnico?
JF - R: Acho que o Luxa se perdeu no trabalho. Fez algumas escolhas erradas e apostou em jogadores que não trouxeram retorno até o momento. O Flamengo do Luxa, apesar de imbatível no 1º semestre, poucas vezes encheu os olhos do torcedor. O elenco do Flamengo é curto e isso já era uma preocupação. O problema é que os titulares caíram muito de rendimento. Ainda assim, no momento não vejo nenhum técnico com perfil para assumir o Flamengo. Todos estão em algum clube. Torço para que o Flamengo volte a vencer e a pressão acabe. Caso contrário não sei até quando o Luxa resiste.

DMDG - P: A libertadores já seria uma conquista para os flamenguistas?
JF - R: Não me conformo só com a Libertadores. Acho pouco para o valor do elenco. Quero o título e ainda não joguei a toalha. A Libertadores seria um prêmio de consolação. Mas é melhor que só a Sul-Americana.

DMDG - P: Qual foi sua reação ao saber da contratação de Ronaldinho Gaúcho?
JF - R: Foi ótima. Um grande craque que antes de chegar já disse aquela frase ("Flamengo é Flamengo"). A gente vê que ele está motivado e quer jogar, quer ser ídolo, quer conquistar títulos. Se o contrato for cumprido até o fim e com um bom planejamento, ele tem tudo para entrar na galeria dos grandes ídolos do clube. Infelizmente nosso marketing é ridículo e perdeu muito tempo para lançar produtos e campanhas. Mas as vendas de camisas aumentaram, e muito disso por causa do R10.

DMDG - P: Como torcedor, como avalia o custo-benefício desse negócio? Acha que Ronaldinho está realmente fazendo a diferença? 
JF - R: Tendo em vista que o Flamengo paga um "pequeno" valor no salário dele, para o Flamengo está sendo bom. Para a Traffic é que não foi bom negócio. Mas isso muito mais pela incompetência do CRF e da Traffic. Ele tem feito a diferença e decidido jogos, evitado o pior. Se tivesse mais 2 jogando bem como ele o Flamengo atropelaria os adversários. Se o Thiago Neves e o Léo Moura estivessem em grande fase, com certeza o Flamengo estaria na ponta da tabela. O problema é que só o R10 está jogando. Imagine o Flamengo sem ele. Para o Flamengo está sendo ótimo.

DMDG - P: A revista VEJA divulgou nesta semana uma matéria que abordava as festas quase diárias do Ronaldinho. Como isso repercute para o torcedor?
JF - R: Eu sou da opinião de que o atleta deve ser avaliado dentro de campo. Dispensamos o Romário por causa de uma noitada e ele sempre decidiu dentro de campo. Foi um péssimo negócio. Ronaldinho tem jogado bem, se dedicado nos treinos e decidido jogos com gols e assistências. O que ele faz fora de campo é de responsabilidade dele. O importante é decidir dentro de campo e isso ele tem feito.

DMDG - P: Acha que há um excesso por parte da imprensa quando o assunto é Flamengo?
JF - R: Sempre há. Para o bem e para o mal. Dar destaque na primeira capa do jornal por um atraso de 13 minutos do R10 e um pum ganhar tanta repercussão, são situações que fogem do normal. Mas a Nação já está acostumada com isso. Sabemos e temos a noção de que tudo no Flamengo é multiplicado. Se os demais torcedores reclamam que a imprensa exalta muito o Flamengo, deveriam também ler as notícias que criticam e expõe o Flamengo como clube desorganizado. 

DMDG - P:  Nos últimos dias, Márcio Braga reapareceu criticando a gestão de Patrícia Amorim. Qual sua visão da atual situação política no Flamengo?
JF - R:  Isso só mostra que ninguém está preocupado com o bem estar do clube, mas sim em ter sua parcela lá dentro. Se há suspeitas de corrupção, roubo e má administração, isso deve ser levado ao conselho, ser debatido internamente e não usar a mídia para criar uma crise. Isso não ajuda em nada. A política do clube é podre e no momento de dificuldade em que todos deveriam se unir, o que vemos é justamente o contrário, pessoas se aproveitando para enfraquecer a gestão atual e por consequência o próprio clube.

DMDG - P: Sua avaliação do trabalho da presidente?
JF - R: Tem seus acertos e erros. Quando o futebol vai mal o mundo cai sobre os ombros da direção. Se o time fosse líder, ninguém estaria reclamanda da atual gestão. Acho que ela errou feio no caso do Andrade, não pela dispensa, mas pelas entrevistas que desvalorizaram o Tromba. Errou feio no caso do Zico. E erra feio ao permitir que membros do conselho falem tanta besteira sobre nossa história. Não sabemos sobre as contas. Mas é claro que em matéria de marketing o Flamengo é uma nulidade. As pessoas que a cercam trouxeram muitos prejuízos ao Flamengo e isso é o mais preocupante de sua gestão. Mas também acho que ela acertou muito em investir no CT e em reforma da Gávea. Contratou o R10, Felipe e o Thiago Neves. Se vacilou com alguns ídolos, também acertou em investir no "Fla-Master". Enfim, erros e acertos que não a colocam como melhor presidente do clube e nem como a pior, mas infelizmente está na média dos últimos gestores e isso não é nenhum elogio.

DMDG - P: O quem tem a dizer sobre o episódio na apresentação da nova terceira camisa?
JF - R:  Jamais soube de qualquer coisa boa que esse torcedor [José Carlos Peruano] tenha feito para o Flamengo. Está sempre envolvido em polêmicas e em situações que não acrescentam nada ao clube e ainda envergonham o torcedor. A culpa é do clube por permitir isso, assim como da imprensa por fazer deste cidadão o representante da torcida. Posso dizer com autoridade que a torcida se envergonha dele e que não vê nele nenhum tipo de representante. Foi triste, lamentável e vergonhosa a atitude dele.

DMDG - P: Em seu texto mais recente, você aborda a questão política do clube, dizendo que torcedores deveriam participar mais ativamente do dia-a-dia da instituição. Já pensou em tomar tal atitude?
JF - R: Apesar de ainda achar essa uma possibilidade boa, confesso que já defendi essa ideia com mais força. Hoje os que mais tumultuam o ambiente são ex-torcedores de arquibancada que se infiltraram no clube. O torcedor de verdade deve lutar pelo clube, reivindicar respeito à instituição, fazer parte do quadro societário e principalmente não se deixar corromper. A minha contribuição ao CRF é voluntária, nunca ganhei um centavo com o Flamengo, nem quero. Esse não é meu objetivo. Já tenho meu trabalho e sou bem resolvido com ele. Hoje a minha contribuição se dá mais nas redes sociais, nos blogs e na arquibancada. Mas tenho projetos no papel para ajudar o Flamengo que estão em fase de negociação com parceiros que queiram apostar nestes projetos que envolvem torcida e clube. Infelizmente ainda não posso adiantar nada. Mas se tudo der certo em breve sairá do papel e ganhará vida. É um projeto de torcedor para torcedor. Coisa simples, mas que com o passar do tempo foi perdido. Se conseguir realizar e concluir esse projeto, com certeza terei realizado uma grande contribuição ao clube.

DMDG - P: Acha que o Flamengo deveria ter contratado o Adriano?
JF - R: Muita gente me criticou porque fui a favor da contratação do Adriano. É um jogador forte, goleador e identificado com o clube. Errou diversas vezes, mas ainda assim eu gostaria de vê-lo no Flamengo. Os argumentos de quem não o queria eram fortes e jamais discuti isso. Mas ainda assim gostaria que ele tivesse sido contratado.

DMDG - P: A maior lembrança como torcedor do Flamengo?
JF - R: Me emocionei e me emociono até hoje com o gol do Pet em 2001. Principalmente quando vejo a imagem do Zagalo. Até hoje o Velho Lobo chora ao relembrar aquele momento. O título de 2009 quando ninguém acreditava; a arrancada de 2007. São muitos os momentos. A virada sobre o Flu em 2010. A virada sobre o Santos neste ano. Mesmo sem ter visto a grande maioria, aquela geração de 80 me emociona pelo que conquistou e pela humildade deles. São heróis de uma Nação, mas são prestativos, solícitos e sempre muito simpáticos. Tenho ótimas recordações, mas o melhor do Flamengo com certeza é o Maraca lotado e a Nação fazendo aquela festa que só ela é capaz de fazer. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

#69 - Ruim com eles? Pior sem eles!

Acho que já deixei claro em alguns textos aqui que sou contra a troca desembestada de técnicos. Não tenho, não sei se tem, mas acredito que se houvesse uma estatística sobre o resultado dessas trocas, seria algo de 90% contra 10% em se tratando de mudanças significativas. Quase nunca funciona. Isso porque, por incrível que possa parecer, não há muitos técnicos que façam algo de muito diferente num time. O Atlético-MG é um bom exemplo disso.

Escreverei aqui sobre dois que, na minha visão, são uns dos poucos que têm potencial  - e talento -  para mudar uma equipe de futebol: Luxemburgo e Felipão. São dois, indiscutivelmente, técnicos campeões. Um está à frente de um time que tem mais para mostrar, mas que já não vence a 8 partidas. O outro comanda uma equipe visivelmente limitada, mas que, muito em função de seu bom trabalho, despertou uma ponta de esperança em seus torcedores.

A pergunta que faço a flamenguistas e palmeirenses é a seguinte: se eles saírem, quem entra? Não vejo ninguém no mercado com potencial para fazer algo diferente. Silas? René Simões? Falcão? Não me vem à cabeça nenhum nome (desempregado) que tenha tantos títulos no currículo quanto a dupla Luxa/ Felipão. Ruim com eles, pior sem eles.

Particularmente não vejo nenhuma culpa de ambos no momento das equipes. Felipão, por exemplo, não tem tantas opções quanto tem Luxemburgo. Não deve ser debitado em sua conta as constantes lesões de Valdívia e Kléber. A falta de movimentação de Gabiel Silva e Assunção. E a, digamos.. falta de inteligência de alguns jogadores. O que você, leitor, pensaria, necessitando mexer no time durante uma partida, ao olhar para o banco e ver Tinga, Vinicíus e Patrik. No mínimo um "fodeu!" você soltaria...



Luxemburgo não poderia contar com a lesão de Aírton (jogador fundamental no esquema de sua equipe) ou com a péssima fase do recém-contratado Alex Silva. É incorreto, também, jogar a culpa em seu colo por conta dos inacreditáveis gols perdidos por Deivid e Jael ( O Cruel!). Ele pode até ser cobrado um pouco mais por conta das opções do elenco, mas nada ao ponto de pedir sua demissão.

Ruim com eles, pior sem eles...

Enfim, penso que antes de criticarmos qualquer técnico, e pedir suas respectivas cabeças, devemos olhar para fatores mais relevantes. Não devemos esquecer que são os jogadores que estão dentro do campo, que perdem ou fazem gols - e que, inclusive, são muito bem pagos para isso. Não há técnico que faça seguidos milagres.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

#68 - A polêmica dos bambus


Na última quarta-feira, 24, foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo a lei que permite o retorno das bandeiras com mastros ao estádio de futebol no estado. Suspensa há 16 anos após uma briga campal entre “torcedores” de Palmeiras e São Paulo, os “bambus” passaram a ser identificados como potenciais armas para os vândalos.

Anteontem ouvi na CBN a entrevista com o relator (acho que é assim que identifica) da proposta, deputado Ênio Tatto (PT). Houve também a participação do deputado Fernando Capez (PSDB), declaradamente contrário à proposta.

Após ouvir longos minutos de discussão e, em seguida, ler sobre o assunto, eis minha opinião: os bambus têm que voltar! Não sou contemporâneo da época em que elas eram liberadas, mas basta ver em fotos o quanto ficavam mais bonitos os estádios. O argumento daqueles que são contra o retorno se baseia na idéia de que, uma vez que se permita a entrada dos bambus, os torcedores se utilizem do mastro para agredir torcedores rivais. Eu, você e todos aqueles que vão ao estádio hoje em dia sabemos que o grande problema não está dentro do estádio. As brigas estão acontecendo fora deles, nos bairros, e, na grande maioria dos casos, são emboscadas. No último domingo, por exemplo, encontraram o corpo de um torcedor corinthiano no Rio Tietê. Portanto, os bambus não são o único problema.

Hoje as organizadas entram no estádio com instrumentos de bateria. Esses objetos podem ser tão perigosos quanto os mastros de uma bandeira. Não estou dizendo, obviamente, que nunca mais haverá vandalismo dentro de um estádio. Não sou utópico. Apenas creio que quando um torcedor é mal intencionado, ele utilizará qualquer objeto que estiver ao seu alcance – e não necessariamente um mastro de bandeira. Cabe aos órgãos habilitados punir aqueles que o fizerem – algo que poderia ser atenuado com o cadastramento das organizadas, mas R$ 6,1 milhões de reais foram destinados a um sindicato fantasma.  -  u.u’ (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ministerio-do-esporte-convoca-cartolas-e-pode-suspender-convenio-de-r-6-mi,766796,0.htm)

A proposta irá para a mesa do governador Geraldo Alckmin e espero que ele escolha o mais sensato.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

#67 - Críticas palmeirenses, convocação e a vitória uruguaia

Opa!

Vi os dois últimos jogos do Palmeiras - um do estádio ; outro pela televisão. Em ambos, não gostei do que vi: um time que corre muito, se defende bem, mas com sérios problemas na armação das jogadas e, por consequência, uma equipe que finaliza pouco.

Ontem à noite - entre um episódio e outro de Prison Break xD - li na internet sobre as críticas da torcida ao time, principalemente com Marcos Assunção e Luan. Não julgarei os tais críticos - que provavelmente são da organizada que mais atrapalha do que ajuda o time - mas direi o que penso ser passível de crítica neles.

O Assunção, por exemplo, é diferenciado na bola parada. E só. Atualmente seu jogo está restrito a cobranças de faltas e boas cobranças de escanteios. ATUALMENTE.
Incomoda a sua falta de mobilidade, a lerdeza na saída de bola, o oposto do que necessita um time como o Palmeiras, que joga no erro do adversário.

Com Luan a coisa é um pouco diferente. Falta técnica (!), sobra disposição e correria. O que na minha visão é pouco para um jogador do Palmeiras. Ontem, assim como o confronto de quarta-feira frente ao Flamengo, Luan tentou sempre a mesma jogada: bico pra frente na tentativa de ganhar na corrida. Uns dirão que Luan é importante para o esquema de Scolari. Concordo. Mas há de relevar que ele é mais importante na defesa do que no ataque - o inverso do necessário para um atacante.

O Palmeiras deixou claro nas últimas duas rodadas que o quinto lugar que ocupa na tabela não é real. É possível uma classificação para a Libertadores? É. O início do campeonato demonstrou que Felipão consegue tirar 115% dessa equipe (daí o 5º lugar), mas, vendo os times rivais, o Palmeiras tende a cair. Título? Pra mim, é utopia.

Seleção Brasileira

Mano Menezes convocou a seleção hoje para o jogo contra a Alemanha mês que vem. De todas as novidades gostaria de citar a presença de Ralf.
Merece a vaga, pois vem jogando muito bem e fazendo a diferença no meio campo do Corinthians.. e não é de hoje.
Que eu me lembre vi apenas um jogo do Dedé. Foi contra o Atlético-PR pela Copa do Brasil. Achei que ele jogou bem, mas não é o suficiente para comentar sua convocação.
E essa choradeira do Santos ein? Se fosse Muricy o técnico da seleção hoje - algo que ele esteve muito próximo - será que ele abriria mão de Neymar e Ganso e pensaria nos clubes? Acho que não ...

A melhor da América

E deu a lógica na final da Copa América. O Uruguai merecidamente levantou a taça no Monumental de Núñez e escancarou a fragilidade da seleção paraguaia. Assino em baixo o que disse Maurício Noriega, comentarista do SporTV: O Paraguai não foi melhor que Venezuela e Chile. Chegaram por sorte. 





@FabioNohbrega






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