#66 - Com a Celeste!

Domingo, 24 de julho de 2011, final da Copa América no Monumental de Núñez. Muitos, antes do início da competição, dificilmente cravariam para esse dia uma final entre Uruguai e Paraguai. Para 99% das pessoas, Brasil ou Argentina estariam na grande final. Alguns - até com certa razão - arriscariam o Uruguai como finalista, dado o recente retrospecto do futebol do país.

O Uruguai, no embalo de Forlán e Luiz Suárez, chegou. A Argentina ficou pelo caminho jogando mal, com imprensa e torcedores pedindo uma renovação na seleção e, até alguns desesperados, pedindo o retorno de Maradona. O Brasil...  ah, o Brasil! Tivemos um baita azar naquelas cobranças de penâltis; já escrevi no último post o que vi da partida; e calhou de perdermos justamente para um futuro finalista -  o que, convenhamos, era a obrigação do Paraguai.

Paraguai esse que chegou à final somente com empates. Empatar um jogo não é nenhum absurdo (a própria seleção Brasileira empatou três partidas), mas empatar com o futebol praticado pelo Paraguai beira a injustiça. É um time de esquema extremamente defensivo, que tem enorme dificuldades quando o assunto é atacar. Seu jogo resume-se à força de Haedo Váldez e à eficiência de Lucas Barríos no ataque e - especialmente nessa Copa América - ao talento do bom goleiro Justo Villar.

Pode parecer dor de cotovelo pela derrota brasileira, mas, se você gosta de futebol,  torça para o Uruguai no domingo. Além de representar o renascimento de uma rica história, a vitória celeste representará a derrota do futebol defensivo, do futebol de resultado, do anti-futebol....

O Uruguai pode não jogar um futebol tão vistoso como uma seleção espanhola ou um Barcelona, mas, diferente dos Paraguaios, tenta jogar, ser ofensivo de acordo com a características de seus jogadores. O time de Gerardo Martino simplesmente abdica do jogo e se defende a partida inteira...

Se gosta de futebol, domingo torça pela Celeste!