quinta-feira, 20 de outubro de 2011

#74 - Ditadores daqui e de lá

Em 2011, o mundo presenciou revoluções em série no Oriente Médio. O primeiro levante foi visto na Tunísia, então governada pelo ditador Zine El Abidine Ben Ali, há 23 anos no poder. Por lá, milhares foram às ruas protestar impulsionados pela péssima situação econômica do país e pelo suicídio de um jovem desempregado, de quem a polícia confiscou uma banca de frutas que garantia seu ganha pão.  

Na seqüencia, foi a vez dos egípcios. Cansados dos abusos de autoridade, da corrupção e da decadência financeira do país, que mantém inúmeros egípcios desempregados,  milhares de cidadãos foram às ruas obrigar o ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder, a abandonar o posto. Na Líbia, Muamar Kadafi foi morto hoje após meses de protestos e uma verdadeira guerra civil. E foram vistos, ainda, grandes manifestações no Bahrein e na Síria – sendo os cidadãos do segundo massacrados pelas forças comandadas pelo ditador Bashar al-Assad.

Mas, ora, o que a chamada Primavera Árabe tem a ver com este blog e com o futebol de um modo geral? Muita coisa. Ditadores não estão restritos ao Oriente. Muito menos restritos à política. Acredite se quiser, mas eles estão também no futebol. A cara de pau é de magnitude semelhante, mas, por ora, ninguém os conseguiu tirar do poder. Por ora.

O mais notório atende pelo nome de Joseph Blatter e está à frente da maior entidade esportiva (FIFA) desde 1998.  Recentemente foi eleito para seu quarto mandato mesmo estando a entidade que ele comanda sob suspeitas de fraude e corrupção.

Em terras tupiniquins, o ditador do futebol chama-se Ricardo Teixeira. Igualmente envolvido em encrencas, Teixeira é quem manda e desmanda no futebol brasileiro. É ele quem decide tudo - de calendário a transmissões televisas. Apesar de estar no comando da CBF desde 1989, Ricardo Teixeira ainda perde o posto de maior ditador para um colega (ou hermano) na América do Sul: Julio Grondona. Há indigestos 32 anos à frente da AFA, Dom Julio acaba de ser eleito para mais 4 como presidente da federação.  Assim como o amigo Blatter, elegeu-se sem oposição: dos 46 votos possíveis, teve 46 a favor. Tudo isso com a seleção principal sem ganhar um título importante desde 1993.

Há muito em comum entre os ditadores na política e no futebol. Ambos são fissurados pelo poder. Ambos utilizam o posto ocupado para benefício próprio. Na política e no futebol, eles chegam aos altos escalões apoiados e, uma vez estando com o poder, passam por cima dos rivais.

Ricardo Teixeira, Julio Grondona, Joseph Blatter. Com aparência de bons velhinhos, são eles os ditadores do mundo chamado futebol. Cabe a quem é contra eles se fazer ouvir. Se caiu lá, cai cá também.

Um comentário:

  1. Boa noite

    Uma passagem das Escrituras, sem motivo especifico para ter deixado no seu blogger, mas especifico para que leia as Escrituras de Deus, que sempre fala ao nosso Ser.

    LUCAS 12
    30 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.

    31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

    “Esta passagem das Escrituras é o maior mandamento proposto aos homens, parece simples e óbvio, mas é o mais difícil de todos, pois se olharmos a situação de comunhão que o mundo se encontra, facilmente entenderemos porque o Senhor Jesus Cristo proclamou estes sendo os dois maiores de todos.”

    Abraços
    Jesus Cristo te Ama,
    Ele é o Caminho; e a Verdade e a Vida.

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