quinta-feira, 7 de abril de 2011

#28 - A dimensão da coisa

Todos tem a liberdade de fazer o que bem entender. Não infringindo a lei, esteja onde estiver, as pessoas tem livre arbítrio para agirem da maneira que mais lhes convém.
E no futebol? Os jogadores, em suas folgas, podem fazer tudo o que der na telha? Não, não podem. O jogador hoje é uma marca – alguns literalmente – e representa seu clube e seus patrocinadores.
Além da importância da postura do jogador de futebol para com os supracitados clube e patrocinador, há mais um fator importantíssimo chamado torcedor. O blogueiro aqui lhes confidencia que não sabe se há uma IT (Instrução de Trabalho) para a profissão de jogador de futebol, mas se há, ela deveria conter um item fundamental: Bom relacionamento com o torcedor.
O torcedor é quem mantém o esporte vivo. Sua paixão é que paga os salários dos jogadores. Sem o torcedor, não haveria futebol. Quem tira parte do seu salário para ir ao estádio berrar, se esguelar pelo time, merece respeito.
Nessa semana, estourou no Youtube um vídeo com os jogadores do Santos respondendo alguns torcedores através do Twittcam. Uma das inúmeras besteiras que disseram durante o vídeo ganhou destaque pela intensidade do discurso do goleiro reserva, Felipe. Após ser chamado de “mão de alface” por um torcedor, ele retrucou com a resposta de que “o dinheiro que eu gasto de ração para o meu chachorro é o seu salário”.
A discussão do blogueiro aqui não é se os jogadores fizeram certo ou errado. A prepotência do goleiro é evidente, mas o que me fez escrever esse post é pensar se o jogador hoje em dia tem a noção exata do que representa e como pode influenciar as pessoas. Creio que a grande maioria não.
Já ouvi alguns antrópologos e psicólogos na TV dizendo que o sucesso e o dinheiro são os principais fatores de risco para o atleta. Fato. Não é o caso de Felipe, pois é reserva do Santos e o seu “salário” não chega à metade de muitos não-atletas  por aí. Mas, como ele, muitos se consideram superiores aos outros simplesmente por serem jogadores e trabalharem com o futebol. E aí fazem seguidas besteiras, pensando estar até acima da lei – vide Bruno, ex-goleiro do Flamengo.
Muitos não tem a dimensão da coisa. E quando se dão por si, a mídia já repercutiu o assunto e, em alguns casos, vê sua carreira comprometida. Causam grandes constrangimentos ao clube e mancham a imagem de seu patrocinador.
E o clube tem que instruir seus jogadores. A tendência é que cada vez mais, hajam profissionais dentro dos clubes para orientá-los. Uma instrução prévia, pode poupar ambos. Os patrocinadores continuarão implacáveis. Corretamente implcáveis. Se não concorda, imagine-se dono de alguma marca importante, vendo o jogador que alia sua imagem de jogador com o seu produto envolvido com travestis, supostos assassinatos ou falando besteiras pela webcam?

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