quinta-feira, 7 de abril de 2011

#39 - Punição para o menos culpado

Não sei com você, mas comigo Luis Álvaro Ribeiro perdeu toda a credibilidade que conquistou nesses 9 meses à frente do Santos. Jogou fora todo o aparente bom senso e a sensatez que o credenciou à assumir um grande clube. Na confusão entre o riquinho insubordinado e o ótimo técnico, decidiu punir o menos culpado. Dispensou aquele que estava agindo da maneira mais correta. Doa a quem doer, Dorival é que tinha a razão.
(Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)
(Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)
Neymar deu piti após receber o recado de Dorival dizendo que não bateria um penâlti, sendo que não acerta nem em treinamento. Se viu no direito de xingar o capitão Dracena, o meia Marquinhos e seu superior hierarquicamente Dorival Júnior. Atitudes típicas de um moleque (sim, mostrou que não deixou de ser) que é paparicado por todos na Vila Belmiro e por isso acha ser o dono do time – coitado. É tratado como a “Joia” desde os 13 anos, quando já recebia mensalmente R$ 60 mil.
Foi suspenso contra o Guarani e multado em 30% do salário, o que para quem ganha o que ele ganha não é absolutamente nada. Merecia mais. E assim Dorival pensava. Porém, o jogo seguinte seria contra o rival Corinthians. Partida cercada de muita expectativa por parte da imprensa e principalmente dos patrocinadores. Júnior reteve a informação por dois dias e só ontem afirmou que Neymar não jogaria. Caiu.
A pergunta que não cala: Se não fosse o Corinthians o adversário, a diretoria tomaria a mesma atitude? E mais: Na reunião em que foi sacramentada a demissão do técnico, havia mesmo só dirigentes presentes? Pra mim: Não e Não. Neymar hoje, além de jogador, é uma marca, portanto, tinha que atuar no clássico. Ficou claro que a decisão do mandatário santista não envolvia só a questão futebolística.
A diretoria, ao longo do dia de hoje, tentou mudar o rumo dos fatos dizendo que Dorival não cumpriu um acordo previamente estabelecido e que por isso o demitiu. Mas não é essa a discussão. Independente do acordo, o fato é que o atacante Neymar deveria ser suspenso por mais tempo. A insubordinação é o centro da discussão. Madson e cia., após o papelão que aprontaram na internet, foram devidamente punidos. Porque não o mesmo com Neymar? Porque a diretoria e ele o acham especial.
Continuo vendo em Neymar um baita jogador. Sou a favor dos chapéis com a bola parada, da molecagem no bom sentido da palavra; contra os xingamentos.

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