quinta-feira, 7 de abril de 2011

#37 - O Bahia me pareceu forte

Ontem optei por ver um jogo da Série B: Bahia x Ipatinga pela 21ª Rodada em Pituaçu. Não possuo um repertório de jogos do Bahia e vi poucos da segunda divisão esse ano. Pois bem, pelo o que leio e ouço, já sabia que o tricolor de aço estava nas primeiras posições e que o Ipatinga vai muito mal.
Me surpreendi com as escalações. No Bahia alguns nomes carimbados como o goleiro Renê (ex-Barueri), Jancarlos (ex-São Paulo e Atlético-PR), Nem (ex-Palmeiras), Bruno Octávio (ex-Corinthians), Mendes (ex-Juventude) e os meias Morais e Rogerinho suspensos. Pensei: “Até que se justifica a boa colocação do time, pois tem bons valores”. Na equipe mineira, a surpresa na escalação ficou por conta da dupla de ataque Jajá e Alessandro, recentemente titulares nos grandes Cruzeiro e Atlético-MG, respectivamente.
Em 20 minutos não aconteceu rigorosamente nada no jogo. Marasmo total. Até que após cobrança de escanteio de Jajá, aos 21 minutos, o zagueirão Thiago Matias subiu e testou firme, abrindo o placar. O gol despertou os sonolentos jogadores do Bahia e, em menos de cinco minutos, eles chegaram  ao empate com Jancarlos em um golaço de falta. A jogada começou com o lateral esquerdo Ávine, que foi parado com falta após dar um bonito chapéu no marcador.
O empate fez com que o time do Ipatinga recuasse muito e só o Bahia ficasse com a bola. Os baianos tinham a posse de bola, mas não jogavam de maneira incisiva, rumando o ataque. Era muito passe de lado, numa tranquilidade meu rei…. Ávine e Jancarlos foram as melhores opções do time da casa ofensivamente e também por onde o Ipatinha apresentava mais perigo. Jancarlos pela direita nem ia muito, só na boa, mas já Ávine ia toda hora e acabava deixando uma “Ávinida” (entenderam? rs) às suas costas. Porém, foi em um dos avanços do lateral esquerdo que o Bahia virou ainda no primeiro tempo. Foi para Mendes, o atacante chorão, o passe açucarado seguido de uma finalização seca: 2×1 e fim do primeiro tempo.
O Ipatinga novamente estava perdendo uma partida. Quando se vê uma equipe em último lugar, logo imagina-se uma péssima equipe. O Ipatinga não é assim. Não por completo. É um time  bom com a bola, mas que está na posição que está pelo seu rendimento sem ela. Foi impressionante no final do primeiro tempo e ao longo do segundo a falta de combatividade dos jogadores mineiros. Ninguém aperta, só ficam cercando, olhando o rival tocar de um lado para o outro. Jajá é um atacante com razoável técnica, mas que se acha o mais técnico do mundo, pois força demais na hora de passar a bola. Ignora um colega livre ao seu lado para tentar um passe de efeito, quase impossível, para um outro parceiro sob forte marcação. Errou quase tudo que tentou e foi sacado na metade do segundo tempo.
Segundo etapa que começou a todo vapor. Em bela troca de passes, diante dos olhares e inércia da marcação do Ipatinga, Ávine – o melhor da partida- avançou pela esquerda e colocou na cabeça de Adriano Michael Jackson, que lógico comemorou no estilo “Moon walk”. O Bahia com 4 minutos resolvia a partida e ao longo do segundo tempo só administrou.
Das equipes que vi na Série B, o Bahia me pareceu sério candidato ao acesso. Tem bons jogadores e é muito forte em casa. Ano passado, assisti a Bahia x Juventude e não pude deixar de notar a quantidade de xingamentos da torcida tricolor contra o lateral Ávine. Ontem, ele foi o melhor da partida e demonstrou muita qualidade. Um lateral que seria titular em muitas equipes da Série A. Saiu ovacionado de campo após uma lesão no braço. Como mudam as coisas não?

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