quinta-feira, 7 de abril de 2011

#48 - Miopia

O mês de novembro de 2010 do Palmeiras foi idêntico ao mesmo período de 2009. Ano passado, a essa altura, o Palmeiras acabara de perder por 2 a 0 para o Grêmio e dava adeus ao título do Brasileirão –jogo da tosca briga entre Obina e Maurício. Assim como o atual, novembro de 2009 foi o mês onde criou-se mais expectativa sobre a equipe e o de maior frustração para o palmeirense.
O palmeirense está triste, chateado, decepcionado.. A derrota para o rebaixado Goiás, em pleno Pacaembú, não é compatível com um clube da estatura do Palmeiras.  O atual time também não. A gestão idem. Parte da torcida não merece seguidos vexames.
O problema está na cara, mas a diretoria insiste em fingir que não está vendo: o Palmeiras tem um time fraco. Vive na dependência de Kléber ou Marcos Assunção, que visivelmente não agüenta 90 minutos. Torce por um gol fortuito de falta para que possa jogar o restante do jogo atrás da linha da bola.
O torcedor vê em seu técnico uma pessoa desequilibrada, que demonstra através de seus berros e ignorância contra a imprensa o desespero decorrente do jejum de títulos. Não é esse Felipão que o brasileiro passou a admirar; não é esse o patrono da família Scolari campeã do mundo em 2002. O Felipão de hoje, talvez por todo o sucesso após o título mundial, aparenta prepotência, exala soberba e acaba esquecendo-se de arrumar a “casinha” alviverde.
O futuro do Palmeiras é cada vez mais incerto. Os prognósticos para 2011 não são nada bons. Não se fala de contratações e nem há expectativa quanto aos jogadores da base. A parceira não tem nada de parceira. E situação e oposição não se entendem.
Vejo discursos de integrantes do PSDB, partido derrotado nas eleições de outubro, dizendo que o partido tem de passar por uma “refundação”. Esse discurso cabe ao Palmeiras também. A gestão precisa ser refundada. O presidente Beluzzo apostou as fichas nos “Eternos Palestrinos” e em nada resolveu. Seu opositor, Salvador Hugo Palaia, já deu mostras de que também não mudaria muito a situação.
A gestão palmeirense precisa de caras novas. O clube não pode ser tão dependente da Traffic, que só ajuda nas contratações de apostas – leia-se jogadores sub-23.
Será que ninguém enxerga?

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